01. RELIGIÕES, RELIGIOSIDADES, HIBRIDISMOS E ESPAÇOS DE CRENÇA. COORDENADOR: Prof. Dr. Lourival Andrade Júnior (UFRN-Programa de Pós Graduação em História do CERES- História dos Sertões) RESUMO: O ST tem como principal objetivo analisar as diversas manifestações religiosas, buscando refletir acerca de suas relações com os discursos que as compõem e dos processos nos quais os diversos grupos religiosos produzem e/ou reproduzem seus discursos e normalizam suas práticas em diferentes espaços. Atentar às crenças religiosas exige um aparato conceitual, teórico e metodológico que permita lidar com as inerências e singularidades de cada objeto. Nesse sentindo, o ST preza pelo diálogo transdisciplinar com o intuito de contemplar os diversos enfoques que se lançam sobre os discursos e/ou práticas religiosas, não apenas da religião e seus desdobramentos, mas da experiência religiosa como construção de conhecimento enquanto a religião se apresenta como ordem do mundo. Neste emaranhado de práticas e ritos, os hibridismos são chaves fundamentais para se perceber as redes entre o oficial e o não oficial, as temporalidades flexíveis e as espacialidades em constante transformação. Bibliografia: ANDRADE JUNIOR, Lourival. Milagreira Cigana Sebinca Christo: sublimação no catolicismo não-oficial brasileiro. Curitiba: CRV, 2021. CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas híbridas. São Paulo: EDUSP, 2000. MAUSS, Marcel. Sobre o sacrifício. São Paulo: Cosac Naïf, 2013. OTTO, Rudolf. O sagrado. Lisboa: 70, 2005. PRANDI, Reginaldo (org.). Encantaria brasileira: o livro dos mestres, caboclos e encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2011. SERAFIM, Vanda; COSTA, Daniel Lula. Diversidade religiosa & história. Curitiba: Brazil Publishing, 2021. SILVA, Vagner Gonçalves da. Intolerância religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo religioso afro-brasileiro. São Paulo: EDUSP, 2015. SILVEIRA, Emerson Sena da; SAMPAIO, Dilaine Soares (orgs.). Narrativas Míticas: análise das histórias que as religiões contam. Petrópolis: Vozes, 2018. |
02. ESPAÇOS DA ANTIGUIDADE E MEDIEVO E SUAS CONEXÕES CULTURAIS: PRÁTICAS DE PESQUISA E ENSINO. COORDENADORES: Pedro Hugo Canto Núñez – Doutorando em História (Bolsista Capes – PPGH/UFRN) Ruan Kleberson Pereira da Silva – Doutorando em História (PPGH/UFRN) RESUMO: Este simpósio temático tem como objetivo congregar pesquisas acadêmicas e produções didáticas, reunindo pesquisadores e professores em busca da construção de diálogos que promovam reflexões acerca dos mundos antigo e medieval, a partir de uma pluralidade de Espaços que estas temporalidades podem abarcar e, também, suas conexões culturais. Pretendemos reunir estudos em torno da História da Cultura, História da Religião, História Econômica, História Política, Cultura Material, Memória Cultural, Usos do Passado, entre diversas outras temáticas. Englobamos aqui tanto as sociedades orientais, quanto as mediterrâneas, nórdicas e africanas, assim como os contatos entre elas. Com isso, busca-se pensar amplamente o tratamento relegado aos vestígios documentais advindos do passado, sua vinculação ao presente e alternativas para um tratamento teórico-metodológico e didático-pedagógico atento às relações históricas com o Brasil, construindo pontes entre o Ensino Superior e a Educação Básica. BIBLIOGRAFIA: ABULAFIA, D. The Great Sea: a human history of the Mediterranean. Oxford: OUP, 2011. ASSMANN, Aleida. Espaços da Recordação: formas e transformações da Memória Cultural. Campinas: Editora Unicamp, 2011. ASSMANN, Jan. Memória comunicativa e memória cultural. História Oral, v.19, n.1, p. 115-127, jan./jun. 2016. [Tradução: Méri Frotscher]. BAPTISTA, Lyvia Vasconcelos; VASQUES, Marcia Severina. História Antiga: revisão historiográfica. In: SOUZA, Juliana Teixeira; OLIVEIRA, Margarida Maria Dias (org.). O que se ensina e o que se aprende em História: a historiografia didática em debate. Ananindeua: Cabana, 2022. p. 49-75. HODDER, Ian (org.). Archaeological Theory Today. Cambridge: Polity Press, 2012. MATTINGLY, D. Imperialism, Power, and Identity: Experiencing the Roman Empire. Princeton: Princeton University Press, 2013. RENFREW, Colin; BOYD, Michael J.; MORLEY, Iain (org.).. Death rituals, social order and the archaeology of immortality in the Ancient world: “death shall have no dominion”. Cambridge: Cambridge University Press, 2021. WASMUTH, M.; CREASMAN, P. P. (eds.). People on the Move: Framework, Means, and Impact of Mobility across the Eastern Mediterranean Region in the 8th to 6th Century BCE. Journal of Ancient Egyptian Interconnections, v. 12, 2016. |
03. RUMOS DA HISTÓRIA, RUMOS DA HISTORIOGRAFIA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO DO SABER HISTÓRICO. COORDENADORES: Diego José Fernandes Freire (SEEC-RN/UNP) Elynaldo Gonçalves Dantas (UFC) RESUMO: Os estudos de Teoria da história e Historiografia vêm ganhando forte espaço na comunidade historiadora nacional. O processo de produção do saber histórico passou a ser interrogado, bem como as diferentes experiências do tempo e os usos do passado, conforme realizados por distintos sujeitos. Logo, o simpósio pretende acolher para o debate trabalhos que tratem da historiografia de um tema ou de uma época, das ideias de um(a) historiador(a), dos procedimentos metodológicos ou do lugar social de uma dada escrita da história. Esta, feita por memorialistas, literato(a)s, jornalistas ou qualquer outra persona, também pode-se pôr em tela, mediante enfoques de gênero, raça e classe. Abre-se ainda para à reflexão urgente acerca da conjuntura de refluxo democrático, com os negacionismo e as fake news de ontem e de hoje, em sua interface com a história. Por fim, pretende-se dar espaço para pesquisas relativas ao pós-colonialismo e a decolonialidade, à história pública e às humanidades digitais. BIBLIOGRAFIA: ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. O tecelão dos tempos (novos ensaios de teoria da história). São Paulo: Intermeios, 2019. BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, N.11, Brasília, 2013. CERTEAU, Michel de. A Escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982. DUMOULIN, Olivier. O papel social do historiador: da cátedra ao tribunal. Belo Horizonte: Autêntica, 2017. FERREIRA, Marieta de Moraes. A história como ofício: a constituição de um campo disciplinar. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013. GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal; NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das; GONÇALVES, Márcia de Almeida; GONTIJO, Rebeca (Orgs.). Estudos de historiografia brasileira. Rio de Janeiro: FGV, 2011. KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição a semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006. SMÍTH, Bonni. Gênero e história: homens, mulheres e a prática histórica. Bauru, São Paulo: EDUSC, 2000. |
04. HISTÓRIA DAS MULHERES E AS MULHERES NA HISTÓRIA: NOVOS DEBATES, NOVOS DESAFIOS COORDENADORES: Janaína Porto Sobreira – Mestra pelo PPGH-UFRN/professora do ensino básico da rede privada de Natal/Parnamirim Maiara Juliana Gonçalves da Silva – Mestra pelo PPGH-UFRN/ doutoranda pelo PPGH-UFRN / professora adjunta da UFRN RESUMO: O presente simpósio temático tem como proposta reunir estudantes de graduação e de pós-graduação, professoras e professores e demais pesquisadoras(es) dedicadas aos estudos sobre mulheres, gênero e feminismos, promovendo um intercâmbio intelectual a partir de diferentes e múltiplas perspectivas que envolvam a temática em torno da história das mulheres em suas mais variadas temporalidades e fontes. Entendemos a história das mulheres, não apenas as histórias delas, mas de tudo que as cercam. A partir da década de 1980, relações de poder e identidades se tornaram chaves importantes dentro de uma epistemologia feminista que ganhou novas discussões pautadas em gênero, que permitiu uma melhor compreensão das lutas e trajetórias de indivíduos, grupos e políticas públicas em busca da emancipação das mulheres e grupos atravessados por recortes de gênero, classe e raça. Esse novo cenário vem ganhando força em diversos campos fazendo necessária a promoção de um diálogo constante sobre as atuações das mulheres enquanto sujeitos políticos na construção de saberes e de teorias. BIBLIOGRAFIA: DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Rio de Janeiro: Boitempo, 2016. HUHNER, June E. Emancipação do sexo feminino: a luta pelos direitos da mulher no Brasil: 1850-1940. Florianópolis: Editora Mulheres, 2003. PERROT, Michelle. As mulheres e os silêncios da História. Bauru: Edusc, 2005. RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, SP: Unicamp, 2013. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade. V. 20(2) 71-99. Jul/dez. 1995. SOIHET, Raquel. Feminismos e antifeminismos: mulheres e suas lutas pela conquista da cidadania plena. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2013. |
05. A HISTÓRIA EM SEUS ESPAÇOS: POLÍTICA, CULTURA E RELIGIÃO COORDENADORES: Me. Pedro Luiz Câmara Dantas (Doutorando UFRN) Me. Taylan Santana Santos (Doutorando UFRN) RESUMO: O presente simpósio temático abarca múltiplas pesquisas relacionadas à política, à cultura e à religião nos distintos espaços da história. Nas variadas correntes historiográficas, percebe-se a interface entre as análises sobre o poder, as religiosidades e as manifestações culturais em recortes temporais e suas espacialidades. Destarte, visamos percorrer os domínios da história e suas abordagens, olhares e métodos que intercruzam a ciência histórica por meio dos seus processos religiosos, culturais e políticos. A partir dessa perspectiva, podemos ressaltar que diferentes experiências destacam como as relações sociais estão intrinsecamente conectadas a certos ideais políticos, assim como práticas religiosas, valores e costumes sociais. Dessa forma, privilegiamos pesquisas conclusas ou em andamento, que versem sobre os campos elencados neste simpósio temático. Incluem-se também trabalhos sobre instituições religiosas, conflitos, e as dinâmicas culturais nos espaços dialéticos da história. Bibliografia: BLOCH, Marc. Os Reis Taumaturgos: estudo sobre o caráter sobrenatural atribuído ao poder régio particularmente na França e na Inglaterra. Editora Vozes, 2020. BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: ed. Zahar, 2001. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. COELHO, Eurelino ; DIAS, A. L. M. (Org.) ; LEITE, M. M. B. (Org.) . História, Cultura e Poder. 1. ed. Feira de Santana – Salvador: UEFS Editora – EDUFBA, 2010. ELIADE, Mircea, História das crenças e das ideias religiosas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978- 1984, Tornos I a II. HOBSBAWM, E. J. Sobre história: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo, 2007. RÉMOND, René (org.). Por uma História política. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. |
06. IMPÉRIOS IBÉRICOS NO ANTIGO REGIME: SOCIEDADE E CULTURA (SÉCULOS XVI-XVIII) COORDENADORES: Profa. Dra. Ana Lunara da S. Morais (DH-UFCG/Cajazeiras) Prof. Dr. Halyson Rodrygo Silva de Oliveira (TJRN) Resumo: Entre os séculos XVI e XVIII, o Império português passou por grandes mudanças estruturais e de consolidação de suas conquistas, alternando períodos de maior e menor centralização, influenciados pelo direcionamento econômico e político que a Coroa portuguesa e outros agentes. O período de conquista foi marcado por muitas guerras e alianças com as populações de indígenas, que culminou no estabelecimento das primeiras povoações, vilas e cidades. Os religiosos, por meio da catequização, buscaram cristianizar essas populações, que possuíam sua própria lógica religiosa e acabaram por reconstruir o catolicismo ao seu modo. Para consolidar o seu controle em regiões, a Coroa portuguesa transplantou uma série de instituições políticas, econômicas, sociais e religiosas, e de rituais administrativos, que buscvam conferir um sentido de unidade ao Império. Estas instituições tinham um campo vasto de atuação dentro da sociedade. Da mesma forma, as festas e celebrações religiosas contribuíam para a afirmação do catolicismo e de uma uniformidade. O objetivo deste Simpósio Temático, portanto, é discutir temáticas relevantes para o estudo do período, abrangendo diferentes aspectos da sociedade, cultura, política e economia coloniais e a variedade de agentes sociais envolvidos. Bibliografia: ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O Trato dos Viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul (séculos XVI-XVII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000. CAETANO, Antonio Filipe Pereira (Org.). Dinâmicas Sociais, Políticas e Judiciais na América Lusa: Hierarquias, Poderes e Governo (Séculos XVI-XIX). Recife: Editora UFPE, 2016. FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima. Antigo Regime nos Trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. MELLO, Evaldo Cabral de. A Ferida de Narciso: ensaio de história regional. São Paulo: SENAC, 2001. NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808). 2ª ed. São Paulo: 34, 2019. OLIVEIRA, Carla Mary S.; MEDEIROS, Ricardo Pinto. (Orgs.). Novos olhares sobre as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. João Pessoa: Editora UFPB, 2007. SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e Sociedade no Brasil Colonial. Trad. Berilo Vargas. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. |
07. INTELECTUALIDADES REGIONAIS: CONSTRUÇÕES DE ESPACIALIDADES E IDENTIDADES ESPACIAIS COORDENADORES: Renan Vinícius Alves Ramalho – mestre em História pela UFRN e professor do IFRN, e-mail renan.ramalho@ifrn.edu.br Maria Samara da Silva – mestra em história pela UFRN e professora da SEEC-RN e-mail – samsilvasamara@gmail.com Resumo: Este simpósio visa trocar experiências entre pesquisadores das áreas de História dos espaços, História dos intelectuais e História Regional. Privilegia-se estudos focados nas diversas formações espaciais e identitárias em variados recortes regionais; que lidem com a produção e fabricação dessas formações em trajetórias individuais, instituições, organizações ou grupos de intelectuais; a teorização dessas relações e a sua apresentação historiográfica, bem como suas interações no campo político, historiográfico, literário ou religioso. Tal proposta é fruto dos esforços do Grupo de Pesquisa “Teoria da História, Historiografia e História dos Espaços”. Buscando uma zona de possibilidades de estudo dentre as áreas mencionadas, se estabelece um diálogo teórico metodológico amparado nas ideias de campo intelectual de Bourdieu (1996); de espaço e lugar de Tuan (1983); nas investigações sobre os intelectuais de Sirinelli (2003); e sobre regionalismo em Albuquerque Jr. (2011) e Barros (2006). Bibliografia: ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011. BARROS, José. História, região e espacialidade. Revista de História Regional , Ponta Grossa, v. 10, ed. 1, p. 95-129, 2006. BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: Sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996. SIRINELLI, Jean-françois. Os intelectuais. In: RÉMOND; Renê (Org.). Por uma história política. Rio de Janeiro: Fgv, 2003. p. 231-262. TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1983. |
08. ST – HISTÓRIA DAS DOENÇAS COORDENADORES: Avohanne Isabelle Costa de Araújo (UFMA) Fernando Domingos de Aguiar Júnior (Doutorando pelo PPGHCS-COC/Fiocruz) RESUMO: Este simpósio tem como objetivo discutir sobre as diferentes temáticas e propostas a respeito das doenças numa perspectiva histórica. Nos últimos anos, historiadoras/es têm refletido sobre as doenças, entendendo-as enquanto fenômenos sociais historicamente constituídos. Neste sentido, é importante pensarmos sobre como os diferentes grupos e indivíduos sociais agiam face à doença e a importância da construção e implementação de políticas públicas de saúde. Este simpósio pretende criar redes no campo em questão, promover debates sobre as diversas possibilidades de investigação e reunir pesquisadoras/es, estudantes e professoras/es que tenham interesse na temática. Acolheremos trabalhos e pesquisas que investiguem as representações e estigmas sobre as enfermidades; os aspectos que envolvem o cuidado aos enfermos; análises sobre as práticas terapêuticas; as associações e as organizações não-governamentais de pacientes e seu protagonismo frente às reivindicações de políticas públicas; os impactos socioeconômicos, culturais e políticos causados pelas doenças. Bibliografia ARAÚJO, Avohanne I. C. de. Curar, fiscalizar e sanear: as ações médico-sanitárias no espaço público da Cidade do Natal (1850-1889). Teresina: Editora Cancioneiro, 2021. AGUIAR JÚNIOR, Fernando Domingos de. Imagens da doença, políticas da notícia: cenários e representações da aids na imprensa paraibana (1980). Dissertação (Mestrado em História). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2016. LE GOFF, Jacques. As Doenças têm História. Lisboa: Terramar, 1997. NASCIMENTO, Dilene Raimundo do. As imagens do Mal. In: As pestes do século XX: tuberculose e Aids no Brasil – uma história comparada, Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2005. SILVEIRA, Anny Jackeline Torres e NASCIMENTO, Dilene R. A doença revelando a história. Uma historiografia das doenças. In: NASCIMENTO, Dilene R. e CARVALHO, Diana Maul (orgs). Uma história brasileira das doenças. Brasília, Paralelo 15, 2004, pp.13-30. SONTAG, Susan, A doença como metáfora, Rio de Janeiro, Graal, 1984. TRONCA, Ítalo. As máscaras do medo: lepra e aids. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, 2000. |
09. DIREITOS HUMANOS PARA QUEM? AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS EM FOCO COORDENADORES: Rafael Barbosa de Jesus Santana – Doutorando em História Universidade Federal do Rio Grande do Sul RESUMO: O presente simpósio temático tem por objetivo reunir trabalhos que versem, teórica, metodológica e/ou analiticamente sobre as questões que envolvem a aplicação da categoria “direitos humanos” quando o foco é a população africana e/ou afro-brasileira nos mais variados tempos e espaços. Trata-se de enfocar nos direitos humanos aplicados à população do sul global, principalmente aquela negra da África e do Brasil, população que por séculos foi privada do desfrute e reconhecimento de sua humanidade. Destarte, o simpósio busca discutir tanto as concepções localistas dos Direitos Humanos quanto a perspectiva global, que enfoca nas “condições globais síncronas que, em lugares muito distintos, permitiram a sua aceitação universal assim como a sua fusão com diferentes genealogias locais” (CONRAD, 2019, p. 98). Trata-se de deslocar “o foco dos atores e dos titulares de patentes intelectuais para a prática real” (CONRAD, 2019, p. 99). Bibliografia: CARVALHO, Carolina Ramos Ferreira de. Crianças envolvidas em conflitos armados na África: os direitos humanos e a teoria crítica. In: Revista Cereus, n. 2, 2009/2010, p. 01-14. CONRAD, Sebastian. O que é a História Global. Lisboa: Edições 70, 2019. LAHAI, John Idriss. Human Rights in Sierra Leone, 1787-2016: the long struggle from the transatlantic slave trade to the present. New York: Routledge, 2019. ADEOLA, Romola (Org.). The Art of Human Rights: Commingling Art, Human Rights and Law in Africa. Cham/Switzerland: Editora Springer, 2019. SOUZA, Victor Martins. Uma percepção africana dos direitos humanos: a carta mandinga. In: MALOMALO, Bas´Ilele; FONSECA, Dagoberto Jose; VIEIRA, Francisco Sandro da Silvera (Orgs.). África múltipla: Anotações e reflexões. Editora Edilivre, 2019. |
10. CONFLITOS, TENSÕES E AGÊNCIAS NO ANTIGO NORTE: RELAÇÕES DE PODER ENTRE SUJEITOS E O ESTADO BRASILEIRO NO LONGO SÉCULO XIX (1808-1920). COORDENADORES: Me. Fabio André da Silva Morais (Deptº. de História – UERN – Assú) Dr. João Fernando Barreto de Brito (Dept°. de História – UERN – Assú) RESUMOS: A criação desse simpósio temático visa fomentar discussões a respeito das relações socioeconômicas, políticas e institucionais, as quais compunham a conflituosa teia entre Estado e sociedade no longo século XIX. Nossa proposta justifica-se pela relevância de se investigar as tensões entre pessoas da “arraia miúda”, autoridades políticas, potentados locais e instituições do Estado brasileiro – em seus diferentes níveis burocráticos, de ministérios à municipalidade. Interessa-nos a apreensão das visões de mundo e estratégias tomadas pelos primeiros, sobretudo, a conquista/conservação de direitos tomados como costumeiros e fundamentais à sobrevivência, o exercício da cidadania e a resistência às ações extrativas do Estado. Serão bem-vindos trabalhos sobre o cotidiano, relações culturais e religiosas, trabalho, escravidão, violência e recrutamento, homens e mulheres pobres livres, indígenas, disputas em torno da propriedade, formas de associativismo e ativismos no pós-abolição, dentre outros. Bibliografia: CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Cia das Letras, 2012. CUNHA, Maria Clementina Pereira. Carnavais e outras f(r)estas: ensaios de história social da cultura. Campinas, SP: Editora da Unicamp, Cecult, 2002. DANTAS, Monica Duarte (org.). Revoltas, Motins, Revoluções: Homens livres e libertos no Brasil do século XIX. São Paulo: Alameda, 2011. MATTOS, Ilmar Rohloff de. O tempo Saquarema. São Paulo: Huicitec, 2004. SALLES, Ricardo. O Império do Brasil no contexto do século XIX. Escravidão nacional, classe senhorial e intelectuais na formação do Estado. Almanack, Guarulhos, n. 04, p.5-45, 2º semestre de 2012. THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. In: Patrícios e Plebeus. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. TILLY, Charles. Movimentos sociais como política. Revista Brasileira de Ciência Política, nº 3. Brasília, janeiro-julho de 2010, 133-160. MENDES, Fábio Faria. Recrutamento militar e construção do Estado no Brasil Imperial. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2010. |
11. HISTÓRIA RECENTE – O BRASIL E SUAS RECORRENTES ENCRUZILHADAS DEMOCRÁTICAS: O PASSADO QUE NÃO PASSA NA REPÚBLICA TUTELADA. COORDENADORES: Haroldo Loguercio Carvalho – Departamento de História da UFRN/ProfHistória. Herbert Alexandre Vieira dos Santos. Professor de História do Estado do RN e mestrando do ProfHistória/UFRN RESUMO: O Simpósio objetiva reunir trabalhos que procuram refletir sobre dois dilemas que assolam os historiadores no Brasil contemporâneo: de um lado a necessidade de legitimação das abordagens historiográficas que buscam respostas suficientes para compreender a constante histórica brasileira que relaciona os avanços sociais e os recuos políticos ao longo da república, considerando o complexo convívio entre sociedade civil, elites econômicas e militares. De outro lado, as incidências desta falta de recepção pública entre o conhecimento histórico acumulado nas universidades e na histórica escolar ensinada e seus enfrentamentos com as massificações negacionistas e revisionistas experimentadas na cultura histórica pública brasileira emanada por não historiadores, que desafiam os professores de história a criarem estratégias de ensino que transitem para além dos embates travados na arena política, sejam eles experimentados no cotidiano das relações concretas ou no ambiente virtual que emergiu como centralidade nos últimos anos. Bibliografia: MELO, Demian Bezerra de Melo (org.). A miséria da historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014. MARTINS FILHO, João Roberto. (org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Passados presentes: o golpe de 1964 e a ditadura militar. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2021. BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Relatório: textos temáticos / Comissão Nacional da Verdade. – Brasília: CNV, 2014. 416p. CARVALHO, Haroldo Loguercio. A História no Brasil recente: os vaivéns da história e da memória em perspectiva comparada com a Argentina. In: SOUZA, Juliana Teixeira; OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de (Orgs.). O que se ensina e o que se aprende em história: A historiografia didática em debate. Ananindeua: Cabana, 2022, v. I, p. 265-292., 2021. BAUER. Caroline Silveira. Usos do passado da ditadura brasileira em manifestações públicas de Jair Bolsonaro. In: ARAUJO, Valdei; PEREIRA, Mateus; KLEM, Bruna (Orgs.). Do fake ao fato: (des)atualizando Bolsonaro. Vitória: Editora Milfontes, 2020. MALERBA, Jurandir. Os historiadores e seus públicos: desafios ao conhecimento histórico na era digital. Revista Brasileira de História, [s.l.], v. 37, n. 74, p. 135-154, 27 abr. 2017. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbh/v37n74/1806-9347-rbh-2017v37n74-06.pdf. Acesso em: 1 nov. 2020. |
12. História, Arqueologia e Museus COORDENADORES: Prof. Dr. Naudiney de Castro Gonçalves (UERN) RESUMO: A proposta do Grupo de Trabalho é congregar pesquisas que percebam o patrimônio cultural a partir de bens que fazem referência e agregam identidade à memória de diferentes grupos, sejam esses bens artísticos, históricos, arqueológicos ou etnográficos. O patrimônio arqueológico relaciona-se com outras áreas do conhecimento enquanto produto da ação humana, vinculando-se a outros elementos da cultura local e aos diferentes conteúdos curriculares. Propomos compreender a abrangência das produções acadêmicas e a necessidade da interdisciplinaridade para o desenvolvimento das pesquisas. Abordaremos o debate dos diferentes exemplos de fomento, preservação e conservação de diferentes bens culturais. O intuito é contemplar ações educativas e museológicas no contexto do patrimônio cultural do Rio Grande do Norte. BIBLIOGRAFIA: BELLOTTO, Heloísa Liberalli. A função social dos arquivos e o patrimônio documental. In: PINHEIRO, Áurea da Paz; PELEGRINI, Sandra C. A. Tempo, Memória e Patrimônio Cultural. Teresina: EDUFPI, 2010. p. 73-85. CHUVA, Márcia Regina Romeiro. O ofício do historiador: sobre ética e patrimônio cultural. In: INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Anais da I Oficina de Pesquisa: a pesquisa histórica no IPHAN. Rio de Janeiro: IPHAN/Copedoc, 2008. p. 27-43. FONSECA, Maria Cecília Londres. Para além da pedra e cal: por uma concepção ampla de patrimônio cultural. In: ABREU, Regina; CHAGAS, Mário (Org.). Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009. p. 59-79. PINHEIRO, Áurea da Paz. Memória, ensino de história e patrimônio cultural. In: PINHEIRO, Áurea da Paz; PELEGRINI, Sandra C. A. Tempo, Memória e Patrimônio Cultural. Teresina: EDUFPI, 2010. p. 29-54. FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; Minc – Iphan, 2005. GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; IPHAN, 2002. LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. |
13. ENSINO DE HISTÓRIA: PESQUISAS E PRÁTICAS ESCOLARES COORDENADORES: Prof. Dr. Robson William Potier (SEEC/RN) Prof. Ma. Leda Virginia Belarmino Campelo Potier (Doutoranda PPGH/UFRN – SEEC/RN) RESUMO: A História nos permite problematizar o nosso passado a partir do nosso presente, buscando compreender a nós, a nossa sociedade e assim vislumbrar perspectivas de futuro. Partindo dessa premissa, o presente simpósio temático propõe reunir professores e pesquisadores interessados em realizar discussões relacionadas ao Ensino de História, através de pesquisas e práticas educativas desenvolvidas no e sobre o espaço escolar. Em tempos em que o debate sobre temas como Democracia, Direitos Humanos, relações étnico-raciais, por exemplo, tem se tornado cada vez mais presentes no cotidiano, este simpósio se apresenta como um espaço para reflexões sobre a questão da aprendizagem histórica, a partir das experiências escolares e de pesquisas quem tenham por objeto o Ensino de História. Nos interessamos por trabalhos que versem sobre Didática da História, livros didáticos, produção de materiais didáticos e suas aplicações, relatos de experiência e políticas públicas para o ensino de História BIBLIOGRAFIA: CERRI, Luis Fernando. Ensino de história e consciência histórica: implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. (Série História) DA CRUZ ALVES JUNIOR, Alexandre Guilherme. et al. História do Ensino de História: desafios para uma nova escrita de síntese. Revista História Hoje, v.10, nº19, p.294-312, 2021. OLIVEIRA, Margarida Maria de. . O DIREITO AO PASSADO (Uma discussão necessária à formação do profissional de História). 2003.292 f. (Tese de Doutorado) Universidade Federal de Pernambuco, Recife: 2003. Disponível em: http://www.liber.ufpe.br/teses/arquivo/20040708113921.pdf. RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1ª reimpressão, 2010. ___________. História viva: teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1ª reimpressão, 2010. ___________. Reconstrução do passado. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1ª reimpressão, 2010. ________. Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. Práxis Educativa. Ponta Grossa, PR. v. 1, n. 2, p. 07 – 16 jul.-dez. TARDIF, Maurice e LESSARD, Claude. O Trabalho Docente. Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. |